segunda-feira, 16 de junho de 2008

Já imaginou ser capaz disso?

Cara, queria parar o tempo agora. Não agora, mas no primeiro agora. Naquele exato momento, daquela fração de segundos que teve aquele instante.
É sério. Porque você está rindo? É verdade. Justo àquela hora, eu estava bem. Não que estivesse mal antes, mas eu estava tranqüilo. Sereno. Pacífico, saca? Entendeu o que eu estava sentindo na hora?
Pode parecer tolo o que estou falando, mas é a mais pura e cristalina verdade.
Parar o tempo. Está aí um poder que eu queria ter. Tipo o Hiro, de Heroes (sim, eu sou nerd em demasia). Mas não me assustaria igual a ele, no dia em que descobre a habilidade.
Eu queria parar o tempo pra mim. Não para poder ridicularizar os outros, fazer palhaçadas sem que tenham conhecimento. (Tudo bem, quem sabe algumas vezes. Mas nada muito cruel ou maléfico. Uma casquinha de banana estaria de bom tamanho).
Não sei se é bem ‘parar o tempo’ o que eu procuro. Seria mais congelar o momento. Como uma foto. Algo que vai transcender os anos, os séculos e talvez os milênios – se chegarem a durar tanto tempo assim.
Uma película que contém uma história é um negócio maluco. Pare pra pensar nisso. Uma foto pode ser o único documento que você tem de um ente querido, ou a única forma de conhecer alguém da sua família que partiu antes de você nascer.
Pode representar muito, mas ao mesmo tempo o significado pode ser a outra face da moeda, e não relembrar bons momentos, mas sim maledicências e tempos nebulosos e ásperos, de más recordações.
Por isso falo novamente, não quero parar o tempo. Até porque é, digamos, impossível que eu consiga.
Mas imortalizar um momento eu consigo.
Através de uma foto. Ou de uma série de snap-shots mentais.
Vou congelar vários momentos ainda.
Mas aquele primeiro já foi perdido.