quarta-feira, 11 de junho de 2008

Deveras preocupante ou assaz libertador?

Mentir, esconder, camuflar. Mentir sempre. Às vezes, raramente. Minta e sinta-se livre, porém culpado. Perseguido. Atormentado e desolado. Mentiroso. Mentir cada vez mais.
Não tem escapatória. Não tem perdão. Talvez tenha. Não se sabe. Ninguém tem noção do pensamento alheio. Perdão existe? Realmente? O perdão real, baseado nas normas da igreja. Aquele perdão supremo, celestial. Será verdadeiro? Ou apenas uma forma de aprisionar fiéis à leis sem sentido e previamente estipuladas? Não se sabe.
Caso não exista o “perdão celestial”, o perdão terreno é aceito? O perdão de um ao outro, sem intermédios, sem cúmplices, sem padres e pontífices escutando confissões. Apenas um homem atormentado e repleto de culpa e o outro homem, a vítima, o único que pode perdoar, não levando em conta as normas eclesiásticas.
Se o homem for perdoado, realmente terá obtido o perdão tão almejado por muitos no mundo? Ou ele tem que se redimir perante a igreja também, que nada tem relação com o ocorrido? Que de nada sabe e só julga?
Mentir é um meio válido para obter o perdão? Se for a única forma de consegui-lo, é compreensível? Merecedor o que usar esse artifício, do perdão? Ou será execrado por seu ato?

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