quarta-feira, 2 de julho de 2008

Consumismo consumindo o consumo

Ontem parei para pensar enquanto tomava banho sobre os hábitos de consumo das pessoas.
Quanto tempo de suas vidas gastam comprando, procurando algo para comprar e o quanto elas compram quando fazem uma visita ao shopping, ao mercadinho da esquina e até mesmo à 25 de Março, O Shopping Urbano das Pechinchas
Pois bem, nenhuma conclusão precisa eu posso tirar, afinal conhecer todo mundo é complicado demais e arrisco em dizer, ser algo impossível de ocorrer.
Mas vou falar mesmo assim sobre o consumo. Isso mesmo, aquele desenfreado, em que se gasta o que não tem e por certas vezes deixam-se as calças, as bermudas e até mesmo as peças íntimas para comprar uma calça nova, um moletom, um vestidinho preto básico, aquele sapato de salto alto pra ir na festa, combinando com a bolsa que há muito não se usava.
É foda. Eu consumo. Já consumi muito mais. E quando digo muito mais, pode elevar o meu consumo atual à 10 potência. Não só roupas. Mas lugares bacana pra ir jantar, cinemas, porcarias - fliperamas, jogos de pc e videogame. Não me arrependo em nada, mas comecei a valorizar mais o que eu ganho, ou ganhava no caso, já que estou há 1 semana desempregado mais uma vez. Faz parte da vida dos publicitários, não é mesmo?
Bom, voltando ao consumo.
Odeio aquelas pessoas que se fazem de comunistas e sempre batem na mesma tecla, dizendo que o consumismo não é necessário. Que as coisas que todos os outros compram são supérfluas, desinteressantes, desnecessárias. O único problema é que eles esquecem que desde que nasceram já consomem também, e creio não terem dado-se conta disso. Ou melhor, desde antes de terem dado o ar da graça ao mundo já consumiam.
Alguém pode até ter pensado nisso antes do que eu, mas não estou nem aí. O que me importa é ter pensado nisso sem a ajuda de ninguém.
Você, dentro lá do útero de sua mãe, já consumia meu rapaz e minha moça. Consumia o que a sua mãe comia pra alimentar você. Tudo bem, não era pago esse alimento por você, mas era consumido não era? Portanto você consumia. Ponto. Tem como refutar isso? Acho que não. Se tiver, deixa um comentário no link depois.
Agora à todos os outros anarquístas (se podem ser chamados assim, já que muitos nem sabem o que significa ser anarquista) e rebeldes sem causa própria, socialistas e comunistas hipócritas deste vasto mundo onde eu vivo e todos nós vivemos, tenho um recado. VOCÊS CONSUMEM FILHOS DA PUTA! Todos consomem! Não há como escapar disso! Aceita de uma vez e segue com a sua vida. Com as suas causas mínguas, com o seu anarquismo inexistente, com a sua teoria da igualdade, que eu sinto imensamente não existir (Eu tiro o chapéu para Karl Marx e Friedrich Engels).
Estão se perguntando o que é que todos nós consumimos, não é mesmo?
Pensem e reflitam por um mísero milésimo. É algo que todos nós precisamos para viver.
Foi a primeira ação que tivemos ao sairmos de nossas mães.
Se precisar, usem essa dica.
O que nos indica que estamos vivos?
Não vou responder nada. Todos têm capacidade de indagar-se e chegar a conclusão da pergunta acima.
Um último recado: Consumam, mas com Parcimônia.