segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Gerúndio
.......ndo,
.......ndo.
....ndo,
.....ndo.
...ndo,
......ndo,
.......ndo,
.......ndo.
....ndo,
.......ndo,
.....ndo,
.....ndo.
(gerundia)........ndo.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Faz tempo que só chove
Chovem palavras.
Chovem insultos.
Chovem dilemas.
Chovem pontos.
Chovem pingos.
Chovem objetos.
Chovem mazelas.
Chovem tristezas.
Chovem lágrimas.
Só não chovem ideias.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Ir?
Preciso andar.
Ver o que tem
o lado de lá.
Porquê o de cá,
não mais me instiga.
Deixe-me vagar.
Preciso me perder.
Descobrir o que existe lá,
e quem sabe retornar para cá.
Não serei condescendente,
nem temerei plenamente.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Ter, Ser e Desvendar
Tenho o que quero ter,
E não falta-me querer ter
O que ainda não tenho.
Falta-me experiência na vida
Para atingir os objetivos propostos
E dinheiro, para ter o que quero
E ainda não possuo.
Cada passo adiante é um
E cada um pode dar um passo à trás,
Dentro de sua redoma inquebrável
Cada qual é seu próprio juri
E carrasco em igual medida.
Resta pouco a descobrir
E muito por ser descoberto,
Em si, em permeio e afora.
Mundo afora.
Psicológico adentro.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Dentro e Dentre
Por dentro da íris em junção à retina.
Por dentro dos olhares profundos e acanhados
Por dentro das pálpebras, que lentamente se fecham.
Por dentro dos olhos recobertos de epiderme, que agora repousam na vastidão do escuro e inócuo.
Por dentro das veias oculares que seguem, insconscientes ao cérebro, percorrendo por dentre os vasos e artérias.
Por dentro do todo, tudo parece visto de dentro.
Por dentro.
Visto de dentro.
Do lado de dentro.
Por entre e dentre.
Dentro.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Pequenos Grandes Publicitários
Grandes por pensarmos em diversificar cada vez mais o nosso segmento, em ampliar os horizontes de nossos clientes e unir o on e off line, tornando-os uma só mídia.
E publicitários, porque isso está no nosso gene.
Somos rápidos de raciocínio e totalmente sintonizados com o mundo. Estamos por dentro das tendências e das últimas novidades, trazendo sempre algo inovador para a comunicação.
Somos pequenos na idade, grandes no pensamento, e publicitários por natureza.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Sete Revolucionários, Destituídos
Começaram a história todos jovens, com seus 18, 19 anos, e agora, quase Trintões, não sabem como devem agir, nem mesmo o que pode ser feito em prol da causa, se é que ela ainda pode ser chamada assim, visto que poucos são os que realmente demonstram interesse pela mesma.
A indiferença é palpável entre os integrantes da milícia, que está mais para uma quadrilha de interesses, ou como um dos próprios diz, um grupo de socialistas de cervejada.
O que não fazem alguns poucos para ter uma injeção de adrenalina na adolescência.
Entraram aonde nem mesmo tinham condições de bater de frente, mas tudo para irem contra os padrões e peitarem a maior nação do mundo pós-moderno.
Juvenis. Reles juvenis, que agora crescidos, não sabem para onde correr.
Voltar para o colo da mãe ninguém quer, seria muito pouco maduro e nada revolucionário da partes dos Sete. Todos com um espírito socialista tão avivido em seus corações e mentes que mal perceberam a dissolução dos sentimentos um para com o outro no passar dos anos.
Entre uma discussão aqui e outra acolá, uma dose de Cuba Libre, a bebida pela qual os pseudo revolucionários lutam pelos direitos contra os Cinquenta Estados da bandeira listrada de branco e vermelho, para reavivar os ânimos e esconder as emoções.
- Revolucionários não amam. Não é o que dizem?
Vestem com honra e sentem-se verdadeiros nobres da resistência em empunhar em seus peitos camisetas vermelhas com a famosa imagem de Che Guevara, pintada em preto, o símbolo divino dos revolucionários e simpatizantes.
Por alguns momentos, eles até pensam em prosseguir, em serem dignos e manter o compromisso que assumiram anos atrás, no tempo em que o que valiam eram os Ideais. Um tempo de glórias passageiras, mas relevantes para a formação de cada um. Um tempo que não volta, e que eles, só agora, notaram que está num horizonte longínquo e nebuloso.
Eles estão em crise, entre si e com si próprio.
Cada um preso à sua vida particular sem privacidade e não podem contar com a compaixão do próximo, já que esse também não tem forças suficientes para encarar o mundo e dar a cara à tapa, como fizera antes, no ápice da rigidez moral.
Dentre uma morte que abala o grupo como um todo, dado que a Sra. R. era íntima de todos, e fazia as vezes de fixador para o grupo, seria extremamente difícil recolherem os estilhaços deixados pelo caminho, erguer a cabeça, em desolação, e seguirem em frente, combalidos pelos corações copiosos de choro e sem mais gana de trilhar o caminho dos Ideais.
O bar, pelo qual tanto lutarem para manter aberto vê-se abalado com a chegada inoportuna de um dos integrantes da frente revolucionária Cuba Libre, que estava instalado há vários anos no coração de uma das 50 estrelas da bandeira listrada.
Sem comover seus colegas com as palavras concisas e brandas e seu olhar de solitude, mesmo rodeado dos amigos, contou passagens de sua Via Crucis para chegar à nação da Ordem e do Progresso - que enalta e estampa com altivez em sua bandeira amarelo canário e verde atlântico.
Desacreditados na vitória e confiantes no óbvio fracasso, foram surpreendidos por uma ligação que, de maneira fugaz e objetiva, botou todos de quatro e queixo caído. A advogada das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, L. B., liga, surpreendentemente para trazer o melhor presente e no dia mais propício, 25 de Dezembro.
Encarregada de cuidar do processo, já que o E., o advogado do grupo foi deportado, cabeu a ela errendar a causa e usar seu expertise para virar o jogo e conceder os direitos da bebida ao seus reais donos, os cubanos que fugiram da revolução de 50 para o Brasil, em busca de paz e tranquilidade, para viverem seu amor.
L.B. saiu vitoriosa da batalha verborrágica, para triunfo e alegria dos idealistas. Com seus corações tranqulizados e os ânimos calmos, poderiam seguri em frente com suas vidas, idealísticas ou não, revolucionárias ou não, reais ou virtuais.
Quem sabe consigam, enfim, encarar seus conflitos de frente, sem ferir uns aos outros e reconhecer os problemas. Tomarem um rumo na vida, mesmo que seja o da abdicação dos ideais.
- Somos adultos complicados. - Proferiu o mais Perdido dos revolucioários, em um dia cinzento e chuvoso, no funeral da Sra. R.
Quem sabe seja isso o que faltava para eles.
Três palavras de imensa sabedoria, vindas de alguém que nunca teve fé depositada em si, e, que para aquele momento, nunca fez tanto sentido.
No fundo, somos todos idealistas. Somos todos revolucionários. Temos em cada um de nós, uma batalha a ser travada, independente do tamanho do inimigo.
Só é preciso admitir que em um mundo capitalista, é difícil manter ardente e viva a chama de um socialista dentro de si.
E que no final, o que queremos é ter alguém que nos carregue com dignidade para o jazido.
Interpretação da peça Cuba Libre
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Esperança pífia
Que não sobrevive uma fração de segundos, por conta da borracha que o prensa contra o mesmo lugar de onde nasce.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Pulsações por impulso
Seu rosto gotejava. A sudorese era excessiva e não mostrava qualquer sinal de que fosse cessar tão cedo.
O lençol estava parcialmente molhado do mar sudoríparo.
A boca estava entreaberta, os dentes rangindo freneticamente num ato de desespero.
Os punhos cerravam o tecido que antes fora um lençol e era responsável pela cobertura do colchão. Agora jazia como um pedaço desfigurado e repleto de fios pendos, igual à algas que tremulam no fundo do oceano.
Veias, a cada minuto, emergiam em sua pele branca. O tom esverdeado e negro evidenciava a rapidez de seu fluxo sanguíneo. Emaranhados de veias que nunca antes foram vistas estavam emergindo, dando um aspecto grotesco e monstruoso ao corpo deitado.
Que em um átimo, levantou vorazmente e soltou um urro tão gutural, que poderia, tranquilamente, ser atribuído ao mais feroz dos leões ou lobos.
Seu coração acelerou em disparada, como quando é acometido por um susto.
Mãos trêmulas. Os lençóis estralhaçados e reduzidos a fios. Sua fronte encharcada pelo suor incessante, e seu cabelo molhado encobrindo o seu rosto esquerdo.
Olhou para o criado-mudo, que só conseguiu dizer-lhe as horas.
Eram 4:37 da madrugada.
Terça-feira, 19 de Julho de 2003, Domingo.
Seu coração descansou em paz.
Mas suas mãos continuavam a transpirar.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Plenitude
Respire - independente do seu condicionamento físico - profundamente e dê um bom dia para você.
Proponha a si começar todos os dias exatamente conseguinte ao anterior e da mesma maneira, com o pé direito.
Tome o seu café da manhã da maneira que ele deve ser apreciado e digerido. E lembre-se que em algum momento da sua vida, ele vai fazer falta.
Aproveite os pequenos momentos, as pequenas alegrias. Compartilhe a sua vida com o próximo, seja ele quem for.
Ao entrar no elevador, tanto do seu prédio como do edifício de trabalho, cumprimente quem estiver transitando por ele, e quem está por entrar nele em algum dos andares ainda por percorrer.
Olhe nos olhos ao falar com alguém. Dê a mesma atenção que gostaria que dessem para você.
Quando for sorrir, sorria sinceramente, mesmo que tenha os dentes amarelados.
Se for chorar, chore com profundez, com verdade e sem preocupação. Chorar faz parte da vida, nas horas boas e ruins. E além disso, ajuda a limpeza da glãndulas lacrimais.
"Vida a vida!" Tenho quatro grandes-amigos que tem estas sábias palavras gravadas em suas peles, e ela resumem com grandeza o significado de ter vindo à vida.
Vivam suas vidas, plenamente e intensamente.
Porquê, daqui, você só vai levar a experiência.
Namastê.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Extremos, vitais
segunda-feira, 15 de junho de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
O Primeiro, Completo
Abraço, choro, aconchego e acasos.
"Nada vai mudar entre nós, e como eu sei, eu só sei"
E "eu, você, e todos os encontros casuais,"
Vão mostrar para quem quiser ver,
Que "você pode ir na janela",
A cada vez que "acordar de um sonho bom".
E que para a minha "menina bonita bordada de flor",
Não importa "quem é mais sentimental",
E sim, que "debaixo dos caracóis do seus cabelos",
Eu me vejo "no seu mar, mereço o seu olhar e tenho noites cada vez mais limpas."
E que "só de me ver no seu cais",
Eu já me sinto onde devia estar.
"Whaterver tomorrow brings, I'll be there
With open arms and open eyes."
Feliz Primeiro Nosso Ano!
E que os próximos 365 dias venham infinitamente melhores do que estes que passaram.
Amo você.
Beijos,
Ele.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Impossível
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Tem de haver um jeito
Eu não consigo entender o que acontece comigo. Realmente. Não faço a menor ideia do porque eu ter essas atitudes esdrúxulas e até mesmo qual o intuito delas sequer passarem pela minha cabeça.
E agora, por uma vez mais, eu consegui estragar o que nunca deveria ser estragado. Eu consegui gerar, mais uma vez, a desconfiança da única pessoa que eu quero que confie em mim. Causei o desconforto e desespero no lugar, onde eu finalmente, tinha encontrado a paz e o conforto.
- Tarde demais! Disse ela. Com o seu olhar impetuoso, a mim,que estava sentado no sofá, cobrindo o rosto com o lençol.
Não existiria mais retorno. Não dessa vez. Uma vez já foi o bastante para o coração macio e calorosos daquela bela menina de 19 anos, que tem a vida pela frente, mas o coração, agora, estilhaçado, como a vitrine de uma joalheria que sofre a infelicidade de ser assaltada.
Por mais que eu tente reiterar, explicar ou convencer de que as coisas não são como parecem ser, de nada vai adiantar, porque o estrago já está feito e minhas súplicas e palavras não servem de nada. Não mais. Nada.
Irônico é o caminhar da vida. Em um dia, tudo está calmo, pacífico e finalmente, entrando nos eixos.
Mas o ocorrido alguns segundos antes da saída de casa, foi um presságio desapercebido por ambas as metades do casal, de que, em algum momento posterior, o pior, prestes, estaria a suceder.
Não poderia ter sido dfierente o desfecho dessa história.
Ela novamente reclusa em seus cobertores, à chorar copiosamente, enquanto ele, com o sembalhante abalado, tal qual de um veterano de guerra, apenas olhava para a menina em posição fetal, com gotas escorrendo pelos olhos e indiciando que dessa vez, seria a última vez.
- Você me magoou. E a mágoa ainda não foi embora.
Isso arrasou seu coração, como uma bola de demolição destrói a estrutura fortificada e resoluta dos prédios e galpões.
Não sabe o que fazer.
Nem se existe algo a fazer.
Está deslocado em seu próprio eixo.
Seu eixo, que vai demorar a re-encontrar.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Desabafo necessário
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Vagante idealizador
quinta-feira, 9 de abril de 2009
A batalha de Seu Tonho
Na surdina, se proliferando aos poucos. Imperceptível, nociva.
No momento exato, sabe atacar e muitas vezes debilita você da ponta dos dedos do pé até a última sinapse de pensamentos rápidos e automáticos.
Fazia tempo que Tonho não sentia algo deste tipo.
Suas forças não existiam. Quando tentava levantar-se da cama para mais um dia de labuta, pensava somente em se agasalhar com os 3 edredons e as 2 cobertas. Parecia que tinha sido mumificado, de tão imóvel que permancia em sua cama.
Juntou o máximo de forças que pôde, e como se fosse um animal grunhindo, conseguiu chamar sua mulher:
- Darcy! Ô Darcy! Venha cá um tantico, venha.
Da cozinha, os sons de Tonho eram impossíveis de serem classificados como chamados. Aos ouvidos de Darcy pareciam mais chiados assobiados, que propriamente uma clamação que necessitava ser atendida.
- Diacho de homi que não faz nada sozinho. Que foi dessa vez Tonho? Tá me azucrinando porque?
Sem ter de onde tirar qualquer resquício de força muscular, apenas revirou-se na cama e deixou estar por isso mesmo, reclamando:
- Pô, não custava nada àquela lazarenta vir. Deixe pra ver só. Vai ter volta. Já dizia meu finado pai: - Aqui se faz, aqui se paga.
De repente, tinha dormido novamente.
A temperatura de seu corpo lembrava uma montanha-russa, de tantas subidas e descidas que tinha, e em questão de minutos, estagnou, como se o carrinho tivesse travado nos trilhos. Do alto de sua quentura, suor eruptava por todos os seus poros. Os braços languidos e bronzeados pelo trabalho na lavoura estavam brilhantes e refletiam a luz da lamparina, recostada no criado-mudo, ao lado da cama.
Sua testa, aos olhos de quem o visse, lembraria uma cachoeira, com sua queda d'água torrencial e ininterrupta. Seus cabelos estavam enxarcados, como se a instantes, tivesse saído de um banho fervilhando e deitado na cama, sem nem ao menos secado a cabeleira.
Durante a noite, contorceu-se de tanto frio que sentia, mesmo estando todas as janelas fechadas, inclusive a porta do quarto.
Gemidos assustadores esgueiravam por entre o friso pífio que existia entre a porta e a terra batida, que fazia a vez de chão da casa do Seu Tonho e Dona Darcy.
Ninguém poderia suspeitar o que viria a seguir, muito menos o pobre casal, que ainda vivia na Idade da Pedra, no quesito tecnologia. A casa, construída às próprias mãos pelo seu Tonho, não possuía energia elétrica e o fogão de 2 bocas que tinham como posse, estacionado na cozinha, era, ainda, movido à lenha.
O posto de saúde mais próximo ficava aproximadamente à uns 20km da casa e Tonho não tinha sequer condições físicas para levantar de sua cama, trocar de roupa e calçar suas sandálais de couro para, aí sim, caminhar as duas dezenas de quilômetros até o porto seguro.
Então, Tonho conveceu sua fidedigna esposa a buscar ajuda para ele.
- Vai Darcy. Não tenho forças pra caminhar. Não custa nada pra você í até lá e chamar um dotôr. Vai logo, muié. Pelo Amor de Deus.
Darcy, muito calma, retrucou:
- De que vai adiantar? O dotôr vem e atende ocê, e aí fazêmo o quê? Não temos dinheiro pra pagá os remédiu.
Tonho levantou o máximo que conseguiu, soergueu o braço transpirante e apontou à sua mulher, e com uma tentativa de grito, respondeu:
- Vai logo!!! Aarrrrrggghhh!!! Vai, sua véia louca! Eu tô morreno aqui e tu fica parada como uma mula!
Dona Darcy juntou seus pertences, pegou a bolsa que estava na mesa da sala, jogou tudo dentro e seguiu para o Posto de Saúde.
Assim que ouviu a porta da casa bater e estremecer toda a estrutura do forte de pau a pique, Tonho pegou uma caneta e a folha que estavam em cima do criado mudo, e começou a escrever um bilhete de despedida, pois sentia que não iria aguentar pelo retorno esperançoso da esposa com um médico a tira colo.
"Darcy,
Seu que nunca falei procê coisas boas, e acho que tá na hora, concorda?
Sei que vai me odiá por isso, mas faze o que, foi isso que restou e vai tê que convivê.
Minha flor, me perdoa. Perdoa pelos erros, pelos xingos, pelos gritos. Perdoa eu por tudo.
Sempre quis te fazê feliz, 'mais' parece que não consegui, né minha flor?
Antes de partir dessa aqui pra outra, vou dizê uma coisa que não te digo tem tempos: Eu te amo mulhé! Como jamais amei alguém em toda minha vida. E ocê me fez muito contente.
Deu pra mim o Altino, que agora, vai fazer compania procê. Dá um beijo nele por mim. E fala que ele vai ter de ser forte agora.
Darcy, minha flor.
Beijo.
Tonho."
Dito e feito. A caneta ainda fez um traço sinuoso no papel antes de cair da mão falecida de Tonho.
Tudo pareceu premeditado. Foi como se Tonho soubesse a exata hora de sua morte, e tivesse escondido estes últimos momentos de forças para dizer doces palavras à dona Dacy.
De tudo o que passou em sua vida, picadas de cobra, animais selvagens rondando sua casa, brigas de faca e pau, até um tiro seu Tonho levou quando era mais jovem ao tentar roubar umas frutas no pé de manga do Coronel Felício, ele nunca imaginou, em momento algum, que iria sucumbir a mais reles das doenças.
E tudo que ele necessitava era de um comprimido, 3 vezes ao dias, para pôr-se de pé novamente.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
Sobre Filmes, Vidas e Filosofias
Ainda fechada, suas luzes apagadas à escutar o som da chuva ao lado de fora, as gotas escorrem pelos vidros que exibem a penumbra na qual ela se encontra, ao tempo que aguarda a chegada de seu proprietário, Zé Luis, Quarenta anos, experiente cinéfilo, admirador e aspirador da 7ª Arte.
Ofegante, embainha a chave e insere na fechadura da porta. Dois giros para abrir. Guarda-chuva pingante em punho, coloca-o no chão de sua loja de sonhos e vira-se para a rua, onde o ir e vir dos carros permacece frenético, mesmo quando veem Jezabel, sua ajudante e vendedora das pipocas que ficam na entrada da locadora, caminha sem rumo pela rua.
Com gritos desesperadores, a tentativa de alerta faz-se pouco útil em meio ao som ensurdecedor das buzinas e da aceleração dos chassis rodantes. Por muito pouco ela sai ilesa de sua vagação, e aterrisa sã e salva na calçada porto-seguro do estabelecimento.
Finalmente, o proprietário adentra sua fábrica de sorrisos e lágrimas, pronto para o que pode ser o último dia de existência e funcionamento da Só Videolocadora.
Como de costume e feitio, Zé Luis cumprimenta os seus preciosos bens, em uma rotina diária, feita igualmente desde que assumiu a loja após a morte de seu pai. Com uma alegria não vista até então, tira de sua sacola preta arejada duas caixas pretas, e dirigindo-se ao pôster de Alfred, o Hitchcook, diz:
- Consegui duas cópias de seus clássicos. Agora, para a coleção, teremos Os Pássaros e Psicose. Elas só necessitam de um toque de carinho e limpeza, e ficarão prontas para uso, novamente.
As fitas foram encontradas na lixeira. O como foram parar lá é uma história longa, que em suma, diz respeito à um triângulo amoroso que, em específico e em semelhança a tantos outros, foi descoberto e para a infelicidade dos VHS, eles sofreram a pior. Mas, enfim, foram acolhidos e tem agora um lar digno e são reconhecidos e valorizados pelo que são para a história do cinema.
Jezabel, a ajudante e vendedora de pipoca, aquela que por um triz não foi levada desta para uma melhor, é uma jovem na casa de seus Dezoito anos e temente à Deus. Crê piamente na palavra e segue seus instintos baseada nos sermões do fiel Pastor da Igreja que frequenta. Como uma ovelha, segue o rebanho e não pretende ser desgarrada dos outros mamíferos e perder-se na vida, e por conta da falta de ideologias e auto-conhecimento, Zé Luis discorda veementemente do modo de vida que a jovem-serva, Jezabel, assumi para si.
Após um de seus discursos morais, agnóstico como diz ser e assumido como poucos ousam de ser, sobe em seu banquinho, tirando detrás do balcão, e faz uma proposta para Deus:
- Não acredito que Deus existe, mas em todos os casos, não custa tentar. Olha, não sou ateu! Eu creio em algo, mas não a ponto de ser católico ou fiel de qualquer outra religião, por conta, sou agnóstico. Agora, o negócio é o seguinte, se você conseguir com que a pobre da Jezabel se encontre e tome o poder de sua vida, eu prometo virar católico, e crer em sua palavra e em sua existência.
A promessa estava feita e mal sabia Zé Luis que suas palavras seriam tomadas por honra, ao final daquele mesmo dia.
A chuva, antes copiosa, começa a diminuir seu ritmo e intensidade, ao passo que em momentos só restarão as poças, esparsas e aleatoriamente distribuídas em cada uma das fracturas das calçadas e as gotas translúcidas nos vidros de areia dos carros, das vitrines, no plástico dos toldos, nos telhados de lajota e nas caixas de papelão dos subexistenciados desprovidos de renda.
Dentro do refúgio dos pensamentos, Zé Luis repousa-se em sua poltrona e divaga sobre a vida, as circunstâncias impostas pelo tempo e a batalha que cada um trava para existir pacatamente nesta megalópe onde Nessum Dorma.
O tempo, para Zé Luis, trouxe as incertezas, a maior e pior delas é a permanência de sua videolocadora, pela qual tanto apreço tem. É o seu maior bem e sua alcova da vida cruel e visceral do mundo exterior. E, ao dia 31 de Dezembro de 2009, ela pode chegar ao fim, junto com o seu recanto de falsa segurança.
Culpado também pela evolução, o tempo agora é o inimigo não só do frágil proprietário, mas como ele mesmo propaga, de todos os humanos e seres cientes. Fadado ao fracasso, como foi previsto pela sua sobrinha, anos antes em uma visita à sua já mal conhecida locadora, era uma questão de tempo para que a tecnologia consumasse por completo a falência da arte dos VHS. Saem os VHS's e entram os DVD's. Os LP's tornam-se relíquias, e dão espaço aos CD's, que para seu infortúnio, em pouco tempo seria substituído pelos arquivos digitalizados, as infâmes extensões '.mp3'.
Os Tempos Modernos anunciados por Charlie Chaplin em um de seus maiores marcos e sucessos de carreira, anunciava não só o avanço das máquinas sobre os homens, mas a obscuridade que elas próprias colocariam sobre si mesmas. O avanço se tornou irrefreável à partir da Revolução Industrial do Século XIX, e era meramente óbvio que, em algum ponto da cronológica linha, a própria Revolução precisaria de uma outra Revolução, mas desta vez, seria a Revolução Humana, para tormar-se o controle sobre as peças e seres inanimados que agora dominam a face do Azul Globo.
Para Zé, a pressa que os homens tem em superar o tempo,realizar multiplas tarefas acabar por distanciar o humano do estado 'ser-humano', por sua vez faz que os sentimentos de afeição pelo próximo sejam quase que extintos de sua memória e conhecimento. Nesse instante, ele põe à prova a sua teoria e, para que todos ouçam, conclama:
- Ei, você! Eu te amo! (pausa para aceitação)E o que eu ganha com isso?
- Você aí. É, você mesmo! Cara, você é um puta brother! (outro silêncio aceitativo) E o que me vale disso?
Descontente com o rumo que a humanidade toma, e desacreditado em quisá encontrar um pífio esquadro de luz no fim do longo túnel da vida, recordou do tempo em que seu pai, o primogênito dono da Só Videolocadora ainda estava vivo.
As horas ao lado do pai, o amante mais caloroso da arte, que conheceu em sua vida, ensinou-lhe tudo que foi possível, tanto que ao morrer do patriarca da família, o sucessor foi ninguém menos que o fiel Pancho Villa de seu Dom Quixote, Zé Luis. Recordou-se do dia da morte do pai. Saiu correndo de casa com rumo certo, e ao entrar pela porta do shopping de frames, viu a silhueta de seu pai, sentado à mesma poltrona que ainda existe na casa. Muito seu pai lhe ensinou, mas um detalhe específico ficou incrustado em sua mente.
Seu pai levantou da poída mobília, apontou para o pôster de Gilda, protagonizado por uma loura e disse:
- Filho mio, aprenda a amar à esta mulher, porque ella é tua madre, ãh! Ella in verità, é tua madre! E seu nome: Rita Hayworth! Ãh! Rrrrita Hayworth!
Depois deste dia, nunca mais viu seu pai, e seu legado, uma caixa frágil e agora coberta de pó, só foi descoberta muito tempo depois pela sua sobrinha, uma menina atarracada no auge de seus Doze anos de vivência, que havia acabado de discursar sobre o fadado fracasso da Só Videolocadora, e da vida quase que execrável dos VHS's. O pacote de papelão continha os mais clássicos filmes do cinema italiano. E em nenhuma hipótese, o já decadente Zé Luis cogitou a chance de deslacrá-lo e espiar seu conteúdo, até aquele exato momento de indagação de sua conjugê. A inconformidade nunca foi superada, e até hoje, a redenção por este fatídico erro é carregada por suas costas e está fixa em sua mente. Percebe-se isso em suas íris, brilhantes, que relatam a história do pai e da videolocadora.
O interessante é ver como o dia ainda reservava diversas surpresas, dos mais intrigantes e inexplicáveis tipos.
Jezabel, sua ajudante, assim como a do Livro Sagrado, reconheceu o seu Acabe, e tornou-se, de um instante em que estava jogada pelas ruas, peladas, causando alvoroço na populução transeunte da Praça da Sé, mulher e dono do Eternamente Pagu, um prostíbulo localizado nos arredores da Praça Roosevelt com a Rua Augusta.
- É Jezabel, até você encontrou o seu Acabe. E vai ser DONA de um puteiro. Quem diria, né? Felicidades! E muita sorte!
Lá estava novamente o dono com seus pés suspensos pelo banquinho, dando voz para Deus ouvi-lo mais uma vez:
- Mandou bem, hein seu Deus? Gostei de ver. Agora acredito que o Senhor existe. Vou honrar com a minha palavra. Tem a minha crença agora.
Mas o final do ano não poderia deixar a ironia de lado e ainda resguardava outra supresa, essa, a mais desagradável que alguém poderia receber, no dia mais especial do ano, o dia do Nascimento do Senhor, o famoso, Natal.
Vislumbrou pela janela o espelhado vidro de um carro importado, imponente e exclamou:
- É a Bia, minha ex-mulher. Caralho, é a Bia, e ela tá no carro do subprefeito! PUTA QUE PARIU!
Sim. Era o sub-prefeito, que residia na sub-casa, bancada pela sub-prefeitura, e sua sub-ex-mulher, que morava na sub-casa bancada pela sub-prefeitura, que tinha como patrono, o sub-prefeito, que, ao que tudo indicava, iria tomar-lhe a locadora.
Agora faltam Dez Minutos para o final do ano, e o início de outros Trezentos e Sessenta e Cinco dias de oportunidade para limpar a poeira do ano que passou, encaixotar o que não servir e continuar a vida, com espírito renovado. Com novos anseios, objetivos, angústias, medos.
Para Zé Luis, que agora estava encolhido na poltrona, que um dia abrigou seu pai, não restava nada pelo qual lutar valesse a pena. Não teria mais motivos para abandonar a cama pela manhã e deixar o suor escorrer de sua testa ao longo do dia. Não habitava em si a chama do ânimo, tão necessária nesta hora de enorme pesar e incalculável luto.
Sua locadora, a Só Videolocadora, deixou de ter um dono, para agora, ser Só.
E Zé Luis, deixou de ser dono, para ser Só mais um entre tantos.
A redenção não foi alcançada.
E seus sonhos, confiscados.
Uma interpretação da peça "O Dono da Videolocadora"
quarta-feira, 25 de março de 2009
O retângulo vibrante
Não que a proibisse de fazer o que desse-lhe na telha, mas digitar algumas teclas e apertar o botão esverdeado no aparelho de plástico não devia parecer difícil, ao menos perante seus olhos não era uma tarefa que exigisse muito empenho. Só requeria um pouco de vontade.
Ele nada fala para não transparecer o medo e, principalmente, para o papel de chato não cair sobre ele, na relação.
Hoje, porém, foi diferente. Ele digitou algumas palavras tartamudeadas no teclado do seu celular e envio para ela.
Resta esperar. E que prevaleça o que lhes for importante.
Para constar, minutos antes do envio da mensagem, o aparelho vibrante de acrílico tocou.
E o coração sentou-se, tranquilizado, em sua caixa toráxica.
sexta-feira, 20 de março de 2009
O gigante resoluto
quarta-feira, 18 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
Mais, mais, mais, mais.
Mesmas pessoas.
Menos pessoas.
Mesmo trabalho.
Muito trabalho.
Muito mais trabalho.
Mais tempo enclausurado.
Menos tempo de vida.
Menor estimativa de vida.
Maior permanência.
Maiores ganhos?
Melhor qualidade de vida?
Menos é mais.
E mais é sempre muito mais.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Trancado no escuro
quarta-feira, 11 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
Ato falho
sexta-feira, 6 de março de 2009
Me leva junto?
segunda-feira, 2 de março de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
O Leão tentou me enganar
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Se tornou difícil continuar.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
domingo, 22 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Estereótipo americanizado
Ironia Carnavalesca
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
O estopim de uma vida letrada
Foi então que resolveu tomar uma atitude. Decidiu escrever qualquer coisa que viesse à tona para ver se em algum de seus devaneios literários estaria a resposta para as suas interrogações. E começou então a sua jornada escrita, rabiscando letras e pontuações sobre os mais variados assuntos, desde coisas do cotidiano e trivialidades até filosofia e suas opiniões sobre música.
Cada dia que entrava era um novo aprendizado para ele. Jamais poderia imaginar que tivesse tanta cultura e o seu vocabulário – Nossa! – nunca havia pensado que fosse tão culto e extenso. A sua viagem pelo mundo das letras parecia um sonho. Em cada canto que fosse levava consigo um bloco de folhas em branco, e em questão de minutos já tinha preenchido folhas e mais folhas de teorias e criava ainda mais indagações à medida que ia escrevendo.
A noite caía e nem sequer se preocupava em não ter comido nada durante o dia, e isso era uma constante em sua vida. Faziam mais de 2 semanas que não se alimentava direito, simplesmente por não ter tempo, já que os seus manuscritos consumiam boa parte de seus dias. Mas não era algo que lhe incomodava, a falta de comida. Ele tinha mesmo era fome de escrever, de encontrar as respostas, de entender porque justo agora resolveu procurar isso.
E adentrava em mais uma madrugada. As gotas da chuva trepidavam nas janelas do seu quarto – talvez fosse granizo, mas não tinha tempo para reconhecer – e o som ecoava pelos cômodos vazios da casa, como uma nota sombria que se propaga em um castelo mal-assombrado.
Acordando no dia seguinte, olhou o que tinha escrito antes de cochilar e penetrar em um sono profundo e uma palavra em específico lhe chamou total atenção. Sem saber o motivo, tinha rabiscado no canto do bloco o nome de sua ex-namorada, que havia falecido há três anos.
Não pensava naquilo já a um bom tempo, e se perguntava por que justo agora lembrou dela, e ainda mais o que ela tinha que ver com a sua busca por respostas. Talvez tivesse tudo conectado de alguma forma, mas não compreendia ainda. Muito cedo para ver as coisas de uma maneira mais ampla. “Necessito refletir sobre o assunto” – pensou Gustavo enquanto fazia uma omelete e espremia as laranjas em um copo na pia da cozinha.
Subiu para o seu quarto, colocou a primeira peça de roupa que viu na sua frente e saiu de casa, ainda sem rumo. No meio de sua caminhada pensou em Estela, sua ex, e decidiu ir visitá-la no cemitério. Deu sinal ao primeiro táxi, disse o destino e aproveitou a viagem para ir fazendo mais reflexões e continuar a preencher as páginas em branco do seu bloco.
O táxi parou no local indicado no começo da viagem. Pagou a corrida e sem agradecer saiu do carro. Estava conturbado em ter que voltar lá. Desde o enterro tinha ido apenas uma vez para pedir desculpas por não ter estado ao lado dela quando mais precisou, por não ter sido um bom amigo. Mesmo assim, sentia que ainda exista uma espécie de dívida com ela. E agora chegou a hora de pagar com os devidos encargos.
Entrou pé ante pé pela enorme porta, que mais parecia o Arco do Triunfo de Paris. Sem ter dado dez passos, uma ansiedade tomou conta de seu interior, e teve certeza que ela estava lá, esperando por um regresso como sempre esteve.
Depois de alguns minutos procurando o túmulo – era difícil lembrar o lugar exato, pois não havia lápide ou qualquer tipo de inscrição no local. Enfim o encontrou. Nele, apenas a grama verde viva e algumas pétalas de flores que restaram, crer ser de a última visita que fizeram a ele.
Uma ausência de pensamento e sensações acometeu o seu espírito naquele estágio frágil, que nem lembrava a última vez em que isso tinha ocorrido. Nada para falar, para pensar, para sentir, para entender, perguntar, refletir. Nada. Nada, simplesmente Nada.
O dia transcorreu e lá ficou ele parado, inerte a tudo e a todos que passavam por ele. Nada o afetava. A folhagem das árvores que hora tremiam e caía sobre ele, o vento que levantava a poeira em seus olhos, os chamados do coveiro que gritava: “Temos que fechar! Ei! Você aí!”. Só depois de uns quatro ou cinco chamados, Gustavo resolveu se despedir e ir embora.
Hora de regressar. ‘Mas qual caminho seguir? O que aconteceu no cemitério? Porque não consegui falar nada? O que foi aquele silêncio? Fiquei tão afetado assim?’ Era somente nisso que conseguia pensar.
Não conseguiu escrever nada aquela noite. Sequer uma mísera palavra, ou o começo de uma frase. Estava sem idéias. Pensou que a visita ao túmulo foi um erro. Um dos maiores que tivera feito em toda a vida.
Recomeço
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
O último post.
O próximo post.
Espero que em algum tempo esteja preparado para postar novamente.
Não pararei de escrever nesse interím. Simplesmente não postarei os textos.
Danke.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Ledos e sinceros
O engano é chato, dissimula e inverte.
Mas pode converter em algo belo, iluminado.
A razão, de saber o que pensas saber, às vezes, jaz no engano.
Extra! Extra! Por conta de um equívoco passado, a seção Apresentando: A Palavra do Dia, terá edição especial.
Que sentimento é esse?
Singela homenagem ao Pensar
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
O paradoxo, perfeito.
O nascimento. Do belo.
Da pele, da arte, da alma.
Da lama, nasce a flor, que renasce e enaltece a natureza.
E a natureza reflete em cada cílio e cada fechar e abrir de olhos.
Da lama, nós viemos.
E na lama, não hei de deixar-nos.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Tempo. Pra quê?
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Um papo sobre maturidade
"Então, quanto a maturidade, é a vida que ensina né pai? Não há muito que se fazer. Ou aprende, ou apanha para aprender. Das duas, as duas dão o mesmo resultado."
O pai disse que a descrição do primogênito foi genial.
O filho, ao ler o e-mail, apenas sorriu.
Contente, voltou a trabalhar.