O telefone não tocou. E o motivo sempre fora onipresente: era mais uma daquelas Quarta-Feiras que custavam a passar, sempre que ela saía.
Não que a proibisse de fazer o que desse-lhe na telha, mas digitar algumas teclas e apertar o botão esverdeado no aparelho de plástico não devia parecer difícil, ao menos perante seus olhos não era uma tarefa que exigisse muito empenho. Só requeria um pouco de vontade.
Ele nada fala para não transparecer o medo e, principalmente, para o papel de chato não cair sobre ele, na relação.
Hoje, porém, foi diferente. Ele digitou algumas palavras tartamudeadas no teclado do seu celular e envio para ela.
Resta esperar. E que prevaleça o que lhes for importante.
Para constar, minutos antes do envio da mensagem, o aparelho vibrante de acrílico tocou.
E o coração sentou-se, tranquilizado, em sua caixa toráxica.
quarta-feira, 25 de março de 2009
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