São exatamente 16:19h de uma terça-feira nublada / fria / insólita do mês de Setembro, no ano de 2008. Ocasionalmente o relógio continuaria a tic-taquear e foi exatamente o que aconteceu. Um minuto se passou numa fração de 60 segundos.
Mas não estou aqui para falar das infindáveis horas e seus intermináveis e intransigentes minutos. Vim para falar sobre outra cousa. Uma cousa que nos assombra constantemente, nos persegue e por muitas vezes, acaba nos vencendo e temos que ceder.
Ao começar este texto, imaginei quantas pessoas estariam dormindo naquele exato momento, às 16:19h. Indaguei-me isso porque o sono tinha voltado a me incomodar mais uma vez, como tem sido frequente nos últimos quinze ou vinte dias, já nem sei mais. Acabei por perder as contas.
Agora pense que maravilhoso seria estar dormindo, no recanto do seu lar, com um dia desanimador e gélido como este.
Visualize esta cena.
Você, embaixo de um cobertor, edredom - o que for de sua preferência, assistindo um filme deveras interessante e muito assaz. Comendo uma pipoca - afinal filme clama por uma pipoca, e tomando um guaraná ou uma coca. Sou publicitário, então as referências fazem parte.
Nada mais acalentador do que essa cena, não é mesmo?
Sei que eu gostaria de ser o personagem desta cena que acabo por descrever-vos. No entanto, todavia, entretudo, estou ganhando o meu salário, digno e nem tanto suado, devido ao tempo.
Não reclamo de estar no trabalho, muito pelo contrário. Valorizo ainda mais os momentos que tenho para descansar, exceto por estes quinze ou vinte dias que tenho dormido pouco.
O sono dos justos, como dizem, para mim é perda de tempo.
Não é porque a sua pessoa, em toda a sua magnificência e complacência está aproveitando o 'sono de beleza' que o mundo irá parar, e esperar você acordar para voltar a girar no seu eixo e transcorrer mais um dia na sua vida terrestre.
Cada minuto que você dorme, deixou de aprender ou se inteirar sobre alguma coisa.
Cada segundo que você passa sem absorver informação, está um passo atrás de seus concorrentes, competidores. Até mesmo daquele seu amigo que vive acordo, alimentando o organismo de energéticos e suplementos vitamínicos.
No momento, estou com vinte e dois anos. Muito bem vividos, devo ressaltar e começando a trilhar a minha infame / iluminada escolha profissional. E posso dizer que desde que comecei, tenho dormido pouco, mas com propósito.
O propósito de conhecer meus limites, saber até onde eu sou capaz de ir para alcançar meu objetivos. Qual é o ponto fraco do meu organismo e o que fazer para suprir a sua fragilidade.
Uma vez, disseram-me que "dormir é perda de tempo". E continuo a cada dia mais, corroborando essa idéia. Absurda a princípio, mas factível quando você começa a trilhá-la.
Eu sei que todos que lerem este texto irão taxar-me de problemático / louco / desvairado e dizer que não preocupe-me com a meu próprio bem estar e minha saúde.
Mas a estes que pensarem e disserem tais palavras, digo-lhes agora:
Não é para qualquer um este tipo de vida.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
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Um comentário:
A grande verdade é que adoraria ganhar dinheiro dormindo e esporadicamente vir trabalhar!! E continuar ganhando e ter aumento no VR...
hahahahahahaha
post insprado em mim, certeza hahahahahahaha
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