É difícil falar sobre a "época" final de ano.
Para alguns, é um período de reavaliação pessoal, de medir os pontos positivos e negativos do ano.
E para outros, é a parte complicada do ano, onde mais sentem saudades dos familiares, dos amigos e pessoas queridas.
Mas principalmente, o final de ano é o momento em que tudo se renova. Tudo se refaz para o ano que está por vir.
Uma ocasião de aproximação entre todos, não importando credo, raça, religião.
O que importa é simplesmente a união e a paz que o momento proporciona.
Um momento único, em que nada precisa ser dito e tudo é sentido em sua magnificência.
Todo e qualquer um é sensibilizado pela carga emocional que o instante acarreta.
As promessas são feitas, as sete ondas são puladas, uma por uma, como dita a tradição.
Flores brancas são jogadas ao mar, em homenagem e agraciação à Iemanjá, amante e rainha dos mares.
Os fogos são ouvidos ao fundo e faz as vezes de silenciadores dos choros e soluços entrecortados e abafados pelos ombros das pessoas na praia, nas ruas, nas casas e nos campos.
Ainda não têm consciência, mas já adentraram o recém chegado ano, com lágrimas nos olhos, essas de felicidade e realização.
Todos com o peito escancarado e pronto para receber tudo o que o ano tem a oferecer e entregar. E com o fronte em riste, preparado para o que vier pela frente, sem deixar abater-se.
Os últimos fogos são vistos em pulverização multicolorida no ar, enquanto são sorvidos os remanescentes copos de champagne em cima das mesas de jantar, dos canteiros floridos dos jardins e das muretas temporizadoras das casas e prédios.
Agora, resta apenas dormir e acordar no primeiro dia do novo calendário de trezentos e sessenta e cinco dias que já recebeu corda e foi dado início.
Ano novo. Vida nova. Ano recomeçado. Vida renovada.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
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