Xico Sá disse querer cafuné.
até aí, quem não quer?
uma mão gostosa na cabeça,
apalpando os cabelos cansados,
cerrando os olhos brancos
pra pensar na vida.
o cearense sabe das coisas,
com sua metalinguística mambembe,
seu suingue na folha branca,
cada rabisco, uma fresta de liberdade,
daquela tão sonhada cena de sombra
co'água fresca. quem não quer?
tu quer um cafuné pra sonhar tranquilo?
polvilho pro cerebelo desacelerar,
ponderar.
um suspiro pra aprender a 'cafunezar'
a calvície do tio, a solteirice do pai
quarentão acalmar.
só quebrando a munheca pra
pessoa amada. mas quebra,
sem dó, sem pejoração ou
gozação. quebra pro cafuné.
quebra mais pro canto da orelha,
pra silenciar o freseni que
vem só vem incomodar.
Meu, inspirado na crônica Saniana do Ceará.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
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