pulso firme, dedos sobre as teclas.
a onda cerebral assume um formato
novo, de névoa. modulada pelos vãos
de sangue. bombeado diretamente
do coração da alma.
falta pouco pra voltar ao normal.
sinal? ocupado. falta a linha
ótica que conduz a voz até a
outra ilha.
borbulha a areia sob meus pés.
a calmaria das ondas revela-se
encantadora. dona de si,
como poucos que conheci.
fluorescente branco do luar,
tingindo os fios de cabelo
da mulher ao meu lado.
reclusa em sua carapaça
de ostracismo, resoluta.
água em nossas canelas.
as estações completam o ciclo
e ela continua aqui. em pé,
sem chão.
Meu, para o mundo.
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