passado julgado
pela lei dos homi’s
acorrentado na pedra
filosofa.
‘calma’ – ele te diz.
‘socorro’ – você clama
perdida nas horas
atordoada pelos dias
não parecem ter fim
acabam sem que note
vem amanhã, passa o corte,
escreva sua sorte, peça um Norte.
a bússola te abandonou na viela da vida
eu te abandonei no dobrar da esquina
larguei tudo que tinha na vila,
recolhi duas mudas,
calça vestida e pé de chinelo,
troxa no ombro
saindo dos escombros
retornando pro que um dia foi um lar,
e agora sobra vento,
falta tempo
tudo gira lentamente.
Meu, para o mundo.
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