quinta-feira, 16 de julho de 2009

Esperança pífia

Entre as aparentemente indeléveis e inexoráveis mazelas do mundo, surge, no astalfo quente, um sinal de esperança.

Que não sobrevive uma fração de segundos, por conta da borracha que o prensa contra o mesmo lugar de onde nasce.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pulsações por impulso

O coração começou a apertar. O batimento cardíaco disparou, como em exercício algum tinha acontecido anteriormente.

Seu rosto gotejava. A sudorese era excessiva e não mostrava qualquer sinal de que fosse cessar tão cedo.

O lençol estava parcialmente molhado do mar sudoríparo.

A boca estava entreaberta, os dentes rangindo freneticamente num ato de desespero.

Os punhos cerravam o tecido que antes fora um lençol e era responsável pela cobertura do colchão. Agora jazia como um pedaço desfigurado e repleto de fios pendos, igual à algas que tremulam no fundo do oceano.

Veias, a cada minuto, emergiam em sua pele branca. O tom esverdeado e negro evidenciava a rapidez de seu fluxo sanguíneo. Emaranhados de veias que nunca antes foram vistas estavam emergindo, dando um aspecto grotesco e monstruoso ao corpo deitado.

Que em um átimo, levantou vorazmente e soltou um urro tão gutural, que poderia, tranquilamente, ser atribuído ao mais feroz dos leões ou lobos.

Seu coração acelerou em disparada, como quando é acometido por um susto.

Mãos trêmulas. Os lençóis estralhaçados e reduzidos a fios. Sua fronte encharcada pelo suor incessante, e seu cabelo molhado encobrindo o seu rosto esquerdo.

Olhou para o criado-mudo, que só conseguiu dizer-lhe as horas.

Eram 4:37 da madrugada.

Terça-feira, 19 de Julho de 2003, Domingo.

Seu coração descansou em paz.

Mas suas mãos continuavam a transpirar.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Plenitude

Pare um momento para apreciar o raiar do sol.

Respire - independente do seu condicionamento físico - profundamente e dê um bom dia para você.

Proponha a si começar todos os dias exatamente conseguinte ao anterior e da mesma maneira, com o pé direito.

Tome o seu café da manhã da maneira que ele deve ser apreciado e digerido. E lembre-se que em algum momento da sua vida, ele vai fazer falta.

Aproveite os pequenos momentos, as pequenas alegrias. Compartilhe a sua vida com o próximo, seja ele quem for.

Ao entrar no elevador, tanto do seu prédio como do edifício de trabalho, cumprimente quem estiver transitando por ele, e quem está por entrar nele em algum dos andares ainda por percorrer.

Olhe nos olhos ao falar com alguém. Dê a mesma atenção que gostaria que dessem para você.

Quando for sorrir, sorria sinceramente, mesmo que tenha os dentes amarelados.

Se for chorar, chore com profundez, com verdade e sem preocupação. Chorar faz parte da vida, nas horas boas e ruins. E além disso, ajuda a limpeza da glãndulas lacrimais.

"Vida a vida!" Tenho quatro grandes-amigos que tem estas sábias palavras gravadas em suas peles, e ela resumem com grandeza o significado de ter vindo à vida.

Vivam suas vidas, plenamente e intensamente.

Porquê, daqui, você só vai levar a experiência.

Namastê.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Extremos, vitais

Sinto meu cérebro diminuto, dia posterior a dia, à contra-partida que meu coração engrandece-se com a divindade de sentimentos e sensações que percorrem minhas artérias, partindo da pulsação do maior músculo de meu organismo.